terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

último fio

Sinto-me sonolenta e cansada. Pessoas rondando pela sala com ar perdido, em busca de sonhos ou soluções de problemas. Querem agarrar-se no último fio, na cauda da possibilidade de serem ricas e felizes. Pensam numa felicidade não fugidia. A vida é momentânea. A felicidade não é perene como aquele rio de águas límpidas esperadas. Algumas tintas borram o sorriso do nosso rosto. Algumas notas desafinam a cantiga dos nossos sonhos e buscas. Pessoas... pessoas murmurando, segredos, angústias, repressões... Meus ouvidos não distinguem, embora meus sentidos percebam, com nitidez, o reclame de cada voz, das vozes em coro. Eu... envolvida nessas vozes, como a mais perdida partícula do caos.

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